Baseado no livro “Ejercicios anuales – para uso de sacerdotes, religiosos y seglares selectos, Pe. Pedro Pallas, S.J., Editorial Sal Terrae, Santander, 1961, pp. 567-593″.
Estes exames práticos, divididos em 26 pontos, serão publicados por partes. Eles não incluem unicamente questões que toquem em matéria de pecado, mas algumas dizem respeito à perfeição de vida que os sacerdotes devem levar.
Sem dúvida, serão úteis, em muitas coisas, também aos leigos.
1. Minha missa
Quando vou rezar missa, vou com a ideia de que realizo a ação mais agradável a Deus e mais proveitosa para o gênero humano? ― Me considero “alter Christus” e tenho presente os quatro fins da Santa Missa: latrêutico (dar culto), eucarístico (dar graças), satisfatório (reparar), impetratório (pedir novas graças)? ― Recordo expressamente as intenções às quais estou obrigado por espórtula?
Procuro, na minha atitude interior, ver-me como representante dos homens diante de Deus, e não como simples particular? ― Na atitude exterior, procuro imitar os gestos de Cristo na modéstia e dignidade? ― Rotina, ambição, respeito humano, vaidade, preguiça? ― Pronuncio todas as fórmulas com devoção e exatidão? ― Cumpro com rigor todas as rubricas? ― Pressa, palavras mal pronunciadas, tom de voz relaxado, gestos ridículos, distrações, omissão de rubricas? ― Decoro da igreja, do altar, paramentos em bom estado, belos, condição dos objetos litúrgicos dos quais sou responsável?
2. Meu breviário
Considero o Breviário como um peso do qual devo me livrar o quanto antes, no meu dia? ― Vejo nele um descanso instrutivo, devoto, para a alma e para o corpo, espiritualmente e psicologicamente? ― Ao rezá-lo, me vejo como o representante de milhões de pessoas que não sabem, ou não podem, ou não querem rezar e dar para Deus a oração que deveriam Lhe dar? ― Meu modo de recitar o Breviário é igual ao de uma máquina falante? ― Mutilo frases ou palavras?
3. Minha cultura sacerdotal
Quanto tempo dedico a leituras pueris, curiosas, políticas, de esportes? ― Minhas conversas são muito longas e inúteis? ― Faltam ou sobram livros em minha biblioteca? ― Reviso ou me instruo de algo das ciências profanas, para estar ao nível das pessoas com quem converso?
Me esforço em aplicar questões especulativas nos problemas atuais? ― Estou convencido de que a solução dos problemas atuais não se encontra em novas teorias modernas, aventureiras, temerárias, mas nos princípios sempre válidos ensinados pela Igreja e pela Escolástica? ― Ao mesmo tempo, sou daquelas pessoas presas a um tradicionalismo infecundo, apegado a um modo de fazer as coisas que tem se mostrado infrutuoso atualmente, pela mudança de circunstâncias da sociedade, sem me dar conta de que a Teologia faz progressos legítimos e compatíveis com as princípios certos da Teologia? ― Sou daqueles atrevidos que se entusiasmam pela primeira novidade que sai?
Tenho a intenção de aproveitar todas as ocasiões de usar da palavra, da escrita, das conversas com os outros, para propagar o Reino de Deus, converter as almas e fazer a Igreja crescer? ― Tomo o caminho mais cômodo, de deixar os acontecimentos correrem? ― Sou alguém que vê o estudo como fonte de puro interesse intelectual, fechando meus conhecimentos em um arquivo impenetrável, por puro prazer intelectual? ― Estou informado e instruído das novas leis?
4. Meu estudo
Concebo o estudo como uma simples satisfação pessoal, ou curiosidade? ― Quanto tempo perco em questões triviais, passageiras, superficiais, puramente especulativas? ― Estudo com seriedade as questões fundamentais de cada assunto? ― Me contento com soluções intelectuais milagrosas, para me sair bem num exame, escrevendo ou apresentando fórmulas e juízos sem valor objetivo? ― Sou uma máquina de repetição, ou me dedico a estudar as coisas para compreendê-las pessoalmente? ― Estou convencido de que é preferível ver a fundo alguns pontos básicos, do que muitos pontos de modo corrido?
Sei estudar sem nervosismo nem pressa, dando tempo para a assimilação completa dos temas? ― Sei incorporar os novos conhecimentos que aprendo numa síntese mental madura e completa, que vou me formando por reflexão pessoal? ― Enquanto estudo, coloco toda minha atenção no que estou fazendo, com serenidade, afastando decididamente distrações ou preocupações parasitas? ― Busco um ambiente externo propício a uma concentração suave da inteligência?
Respeito minha saúde física e mental, que não é minha, mas de Deus, ou faço esforços imprudentes, na duração ou ritmo do trabalho mental? ― A curiosidade científica, ou a vergonha de não ficar bem diante dos outros, tem mais influência sobre mim do que a ordem prudente das minhas atividades? ― Refleti nos meus métodos de estudo, meu modo de assistir as aulas, minha consulta aos livros, minhas notas pessoais, minha aprendizagem pela memória, etc., para torná-los mais rentável com menos esforço?
Estudo com esforços moderados ou constantes, ou com ímpetos fogosos seguidos de depressões perigosas? ― Estudo com bom ideal, tendo a intenção de me tornar mais apto e capaz no cumprimento dos meus deveres, ou simplesmente para poer suportar um peso inevitável? ― Sou objetivo na busca de soluções, ou tenho uma inclinação apaixonada por apriorismos, sistemas, teorias, ideologias? ― Sei respeitar a opinião dos outros naquelas coisas que não são inegociáveis, e julgar com caridade o talento que têm e suas obras de estudo? ― Nas minhas atividades, busco o brilho, a ostentação, a vaidade diante do público intelectual? ― Tenho humildade suficiente para consultar, respeitar os professores, os companheiros, sem autossuficiência?
5. Minha oratória
Observo se meus sermões, catequeses, pregações, instruções, se perdem no vazio? Estudei esse problema, para resolvê-lo? ― Busco resultados efêmeros, ao invés de um fruto sólido e durável? ― Concebo a oratória como uma questão de solenidade ritual, ou como devendo ser uma mensagem de Cristo aos homens? ― Ideias lúcidas, belas, agradáveis, que despertam uma boa curiosidade nos ouvintes? ― Ao mesmo tempo, atento para ver se minhas ideias permanecem somente no plano teórico, não sendo proveitosas e de utilidade prática para os fiéis?
Fundamento meus raciocínios em opiniões discutíveis, ou em argumentos sólidos? ― Me esforço para imitar a oratória de Nosso Senhor, profunda e ao mesmo tempo ao alcance do público? ― Me contento em preparar o sermão e de soltá-lo, pouco me importando com o resultado real? ― Observo as reações do público para me acomodar, e sempre falar somente o que agrada as pessoas, com receio de ensinar a verdade porque será dolorosa? ― Uso um estilo pomposo, mais parecido com uma declamação, ou uso um estilo mais atraente e que entra intimamente nas almas? ― Falo com clara dicção, e com palavras claras, de modo que todos me entendam, e possam ouvir minha voz? ― Procuro apresentar a religião e a vida moral com máximo atrativo e interesse, ou o faço de modo negro, antipático, pesado, impossível de praticar?
Sou prudente nas aplicações, evitando alusões pessoais que possam ser mal percebidas? ― Sou daqueles que sempre batem, brigam, censuram, e nunca animam ou elogiam? ― Me intrometo em brigas de grupos e partidos, que não cabe ao sacerdote resolver? ― Por outro lado, sou daqueles que nunca alertam os fiéis a respeito de pessoas e de grupos que podem prejudicá-los, quanto à doutrina, à moral, à perfeição cristã, com a desculpa de que o sacerdote sempre deve permanecer neutro em qualquer questão, mesmo vendo que prejudica os fiéis? ― Critico costumes um tanto peculiares do povo, arraigados e estimados, mas que não atacam nenhum ponto essencial da religião? ― Evito expressões que machucam ou que possam ser mal interpretadas?
Observo os bons pregadores, para aprender? ― Observo os deslizes e imprudências, para não cair? ― Julgo o efeito da minha oratória por alguns poucos elogios educados que alguns me fazem?
6. Meu trabalho
Considero o trabalho como um dever imposto por Deus, ou somente como um entretenimento para evitar o tédio, ou como meio de lucro? ― Quanto tempo perco em questões inúteis? ― Me tenho como administrador de um tempo, de forças e talentos, dos quais me pedirão contas se os usei mal, ou se deram pouco rendimento? ― Estou persuadido de que o trabalho é fonte de muitas virtudes, do mesmo modo que a ociosidade é fonte de muitos vícios?
Acudo às obrigações do meu estado sem preguiça, com pontualidade? ― Ocupo todas as horas que, prudentemente, posso deixar vagas? ― Sou daquelas pessoas que discutem o limite da obrigação, e em caso de dúvida deixam de fazer tal atividade, ou a transferem para os demais? ― Ou sou daquelas pessoas generosas, que vão sempre além do que é o estrito dever?
Ambiciono dinheiro, honras, fama, prêmios terrenos no meu trabalho, ou tenho intenção reta desejando dar glória par Deus? ― Minhas ocupações acabam sendo diversões suaves e ineficazes? ― Me deixo absorver tão excessivamente pelo trabalho externo, que não tenho tempo para o trabalho interior?
Meu trabalho é impetuoso e inconstante? ― Realizo os trabalhos que me são confiados com a máxima precisão? ― Experimentei diversos métodos de trabalho, para dar o máximo rendimento no mesmo tempo e esforço? ― Sei refletir sobre meus erros e fracassos passados, para melhorar métodos? ― Sei prever as dificuldades e não me expor a improvisos perigosos?
7. Meu descanso
Minhas refeições, meus passeios, meu tempo de sono, férias, jogos, excursões, são por mim concebidos como modos de gozar a vida, ou modos de refazer minhas forças gastadas e de conviver com meu próximo? ― Tenho um plano prudente e moderado de descansos, ou me entrego ao impulso dos gostos de cada momento? ― Tenho condescendências moles com meus sentidos, de modo que estraguem a vontade e matem o gosto pelas coisas espirituais? ― Tenho diversões positivamente perigosas, e cometo alguns pecados em meus descansos?
Vigio para que os gastos e o luxo não seja uma provocação escandalosa para as pessoas pobres? ― Tenho o costume de observar o que fazem os sacerdotes e religiosos mais dignos? ― Me atenho às normas recebidas dos Superiores e às Regras? ― Meu modo de comer, de brincar, de gritar, de rir, de me vestir, desdizem da minha dignidade sacerdotal? ― Tenho o costume de introduzir algumas jaculatórias, para retificar a intenção?
Interesses mesquinhos nos jogos? ― Me exalto com excesso em partidarismos infantis, e falto à caridade? ― Sofro desgastes físicos injustificados? ― Me exponho a perigos de vida ou de prejudicar minha saúde corporal? ― Saio das minhas diversões com os nervos relaxados, ou mais excitados e tensos do que antes? ― Sei descansar também com meios elevados e tranquilos, como a música, a leitura, as artes, o estudo da natureza, as conversas agradáveis, as visitas de caridade? ― Sei buscar na amizade nobre um desafogo legítimo e humano do afeto, um modo de compreender mais e melhor o meu próximo, e estar assim mais capacitado para lhe fazer o bem?
8. Minha economia
Tenho a riqueza como um verdadeiro perigo para a alma, como Cristo advertiu? ― Tenho um desejo ilimitado de possuir mais e mais dinheiro, mais e mais comodidades, sem ficar satisfeito? ― Procuro ter um minha casa o melhor em móveis, vestidos, objetos de trabalho e de uso pessoal, como um mundano vulgar? ― Quando o dinheiro chega em minhas mãos, me alegro pelo que me ajuda em minhas obras e apostolado, ou pelas portas que me abre ao egoísmo e capricho?
Há algo nas minhas atividades econômicas que não esteja conforme à Moral, ao Direito Canônico, ou ao voto de pobreza,se o tenho? ― Busco em meus ministérios um benefício puramente espiritual? ― Exijo com rigor o que me devem em estipêndio, dando a impressão de ser um sacerdote ambicioso? ― Ao lidar com alguns bens da Igreja, da paróquia, da Congregação, Instituto, Ordem a que pertenço, dos trabalhos que dirijo, sei me considerar como um simples administrador, e não como proprietário?
Nas minhas contas, quanto somam os luxos, os caprichos, os excessos? ― Procuro a máxima austeridade dentro da dignidade, das necessidades e exigências de meu cargo? ― Nas minhas contas, os pobres entram nos cálculos, como era o caso da bolsa que Cristo tinha? ― Os salários e meu modo de tratar os trabalhadores, seguem as diretrizes da Moral católica?
9. Meu comportamento
Meu comportamento é um simples vestido postiço, ou corresponde à caridade, humildade e modéstia interiores e cristãs? ― Caio no excesso de suprimir toda etiqueta, com a desculpa de ser franco e natural? ― Digo grosserias e palavrões, que não caem bem na boca de um sacerdote ou religioso (tampouco na boca de qualquer leigo)? ― Tomo como aprovação popular as gargalhadas com as quais as pessoas se divertem dos meus atrevimentos? ― Me dou conta de que agora as pessoas riem, mas depois se escandalizam e criticarão?
Me dou conta das consequências fatais de pequenas indelicadezas que machucam profundamente as pessoas? ― Deixo a desejar quando se trata de usar fórmulas de cortesia, que até mesmo as pessoas do mundo utilizam? ― Me considero um representante da classe sacerdotal, e me dou conta de que meu descrédito redunda em desfavor do clero em geral? ― Tomo a amabilidade como arma de apostolado muito eficaz?
Como é minha atitude exterior, meus gestos, minhas posições corporais, sentado ou andando, minhas palavras, risos, conversas, modos de comer, de vestir, etc.? ― Observo a impressão que meu comportamento produz nas pessoas com as quais converso e trato, ou julgo que tudo vai bem porque ninguém me falou o contrário? ― Como agiriam Cristo e a Virgem no meu caso? ― Cuido do asseio de minha pessoa, roupa, instrumentos de trabalho, comportamento, de modo que minha presença não seja repulsiva?
10. Minhas conversas
Há, em minhas conferências, algo que possa ser considerado, de modo justo, como escandaloso ou atrevido? ― Me transformo em juiz universal dos vivos e dos mortos, criticando a todos? ― Nos juízos necessários, procuro ser exato, objetivo, e sem tocar de modo algum nas intenções? ― Nas discussões, sei distinguir bem entre o que considero um erro, e a pessoa que o defende, não atacando uma pelo outro?
Procuro que minhas conversas tenham um tom otimista, que contribua para relaxar os nervos dos que me ouvem; ou me inclino ao pessimismo que deixa o coração oprimido? ― Tenho um conversa entediada, ou pesada; ou faço algo para evitar que seja assim? ― Evito um tom autoritário, que transforma a conversa em um pesado sermão, ou numa aula? ― Falo demais sozinho, sem deixar que os outros intervenham?
Evito os temas que podem criar tensão entre as pessoas presentes? [Não se trata aqui de evitar discussões a todo custo, e sim de evitar ser daquelas pessoas que sempre, em todas as circunstâncias, levantam temas desagradáveis e favorecedores de rixas. É fácil encontrar, por exemplo, em qualquer família, uma ou outra pessoa que é incapaz de estar presente numa festa familiar sem que toque em assuntos tensos, perfeitamente evitáveis na ocasião] ― Meus temas são sempre em torno de assuntos pessoais, sem que eu me interesse pelos demais? ― Evito intervir a cada momento, para dar conselhos a todos? ― Sou daquelas pessoas que sempre precisam retificar, esclarecer, completar, corrigir o que os outros disseram, sem encontrar nada de perfeito, e vendo defeitos em tudo? ― Me empenho na discussão de tal modo que, finalmente, dou a última palavra? ― Sei mudar prudentemente de assunto, quando a pessoa com quem converso se mostra desagradada com o que se está falando?
Me divirto às custas dos demais, com brincadeiras pesadas que serão mal interpretadas? ― Tenho elogios hipócritas agora, para criticar a pessoa na sua ausência? ― Minhas conversas de descanso têm um limite de tempo, de modo que não terminem em dissipação?
11. Meu governo
Subordino os objetivos fundamentais da sociedade que dirijo ao fim último da glória de Deus? ― Sei distinguir entre os objetivos essenciais e os objetivos secundários das minhas atividades, para dar o valor correspondente em minhas atuações? ― Sou intransigente em coisas de menor importância e, querendo salvar tudo, afundo tudo? ― Sei compreender as fraquezas humanas sem olhar demais as normas e as leis, de modo sistemático? ― Sei salvar a tudo custo o que é essencial?
Dedico algum tempo de consideração ao meu pequeno mundo, prevendo os assuntos e não improvisando soluções? ― Mantenho a ordem na organização, anotando o necessário para não esquecer nada? ― Me informo por diversas fontes, independentes entre si, que me dêem uma visão completa dos negócios; ou me fecho em um pequeno grupo adulador e parcial? ― Ao buscar informações, procuro a confirmação do meu ponto de vista, ou desejo ampliar minha visão e, até mesmo, mudá-la se parece conveniente?
Tenho acepção de pessoas, tratando-as diferentemente, por motivos fúteis ou egoístas? ― Abraço paternalmente a todos os que me estão subordinados, sem distinção de classes, temperamentos, opiniões? ― Ao exigir e corrigir, procuro deixar claro o amor e o desejo de fazer o bem, evitando fórmulas que abram abismos entre governante e governados? ― Multiplico excessivamente os avisos e normas, criando um ambiente de opressão, de intervencionismo, de desconfiança?
Fomento a estima mútua entre os membros, insistindo nas semelhanças e diminuindo as diferenças? ― Me esforço para suavizar os atritos existentes? ― Começo por ser eu obediente?
12. Minha direção espiritual
Ao dar um critério para o dirigido, peso as consequências que poderá ter nele, em sua vida e nas pessoas à sua volta? ― Falo de modo claro, com conceitos nítidos, para não criar confusões? ― Ao interpretar a lei, me coloco como representante do legislador, sem exigir nem mais, nem menos? ― Sou, talvez, mais exigente do que a própria lei, fechando-me com estreiteza em pontos isolados, e esquecendo as orientações gerais da mesma lei? ― Sou, ao contrário, o advogado defensor de todas as habilidades e trapaças para burlar a lei? ― Me esqueço de que o governo de Deus é paternal, e não tirânico, nem mesmo maternal?
Reviso a Teologia Moral e o Direito Canônico e sigo as soluções dadas pelos bons moralistas ao resolverem os casos de consciência? ― Sou prudente em calar-me quando não se pode esperar frutos da advertência? ― Dou minhas soluções de modo abstrato, prescindindo da pessoa que tenho diante de mim e das circunstâncias particulares? ― Tenho noções exatas de Teologia ascética e mística (das potências da alma, dos atos humanos, das virtudes naturais e infusas, dos dons do Espírito Santo, do que são os carismas, etc.)? ― Conheço os fenômenos nos quais podem se dar ilusões?
Sei escutar os largos problemas do próximo sem demonstrar impaciência? ― Me dou conta e compreendo que assuntos, em si insignificantes, podem ser sérios problemas para um determinado consultante? ― Reprimo os movimentos de ira, desprezo, nervosismo em meus gestos e palavras? ― Estou persuadido de que, na direção espiritual, não há nada de mais grave do que perder a confiança no Diretor? ― Recorro aos livros e sei esperar para dar soluções em casos difíceis? ― Recorro à oração para acertar nos conselhos?
13. Minha cooperação com os outros
Tenho um espírito de suspeita, não permitindo que ninguém se intrometa em meus assuntos? ― Vejo com maus olhos qualquer sugestão que não tenha saído da minha cabeça? ― Sou incapaz de aceitar indicações de iguais e de inferiores? ― Me fecho em meu mundo, sem me dar conta de outras pessoas e de outras organizações que cruzam comigo e com minhas atividades?
Lanço farpas e apresento queixas por causa de palavras e desacordos insignificantes? ― Sei ceder aos gostos e opiniões dos outros? ― Sou lisonjeiro com os que mandam, e os adulo com fins interesseiros? ― Desacredito outras pessoas, por inveja ou partidarismo? ― Me comporto como um anjo de paz, ou semeio discórdias?
Dou informações parciais ou exageradas? ― Sou sistematicamente da oposição, mande quem mande? ― Sei renunciar aos meus critérios, executando as diretrizes dadas pelo superior? ― Evito me meter em questões alheias sem ser chamado? ― Sou queixoso, acreditando facilmente que meus direitos foram lesados? ― Perdoo de coração as injúrias e incompreensões? ― Faço sair à luz as discórdias passadas? ― Procuro, na minha cooperação, o agradecimento dos homens?
No trabalho comum, fujo do mais duro e menos retribuído, deixando-o para os demais? ― Ofereço minha ajuda aos que precisam dela, ainda que não a peçam, procurando observar quem sofre ao meu lado, e quem está com dificuldades?
14. Minhas amizades
As que eu tenho, me fazem bem ou me fazem mal? ― Estas pessoas são boas, piedosas, prudentes, de intenções retas? ― As idéias e os gostos que nos unem são legítimos e elevados? ― Quais são as conversas mais frequentes entre nós? ― Quais são os planos que formamos para o trabalho e o descanso?
Amizades com pessoas de outro sexo? ― Com uma pessoa determinada, com sentimentalismo e romantismo? ― Muitas horas perdidas nisso, presentes pueris, gestos e palavras perigosos? ― Escândalos possíveis diante das pessoas que podem me observar? ― Tentações derivadas desse trato?
Amizades intelectuais aventureiras, com critérios duvidosos, com críticas mais ou menos subversivas? ― Se tocam em pontos delicados, do dogma, da moral, da disciplina eclesiástica? ― Nos emprestamos livros menos convenientes? ― Ânsia de elaborar teorias novas e de demolir em bloco tudo o que é antigo?
Sei sobrenaturalizar as amizades nobres com a virtude da caridade? ― Reduzo a amizade a simples superficialidades, ou ela supõem em mim um espírito de sacrifício pelo bem de meu amigo? ― Minhas amizades entram em minhas orações? ― Nos fazemos bem mutuamente, na formação humana, intelectual, espiritual?
15. Minha castidade
Me considero praticamente impecável em matéria de castidade, desafiando perigos? ― Chego até o limite do pecado mortal, sem vontade de evitar o que é leve? ― Seleciono leituras, diversões, visitas, amizades?
Minhas obras de apostolado, meu trato com as pessoas, dão ocasião de cometer abusos? ― Quando faço perguntas sobre questões de castidade, existe pura curiosidade ou agrado sensível, sem objetivos de direção? ― Evito olhares pouco modestos? ― Busco atrair os dirigidos com meios puramente humanos (pela simpatia, por presentes, elogios, etc.)? ― Permito desabafos desnecessários? ― Tenho em conta o escândalo ou a má impressão que uma determinada atitude externa pode produzir nas pessoas que me vêem?
Insisto muito em temas ligados à castidade, em aulas públicas ou privadas? ― Ao tratar dessas questões, uso expressões convenientes, dignas, de modo que a pessoa saia animada a respeitar a castidade, ou ela sai com uma curiosidade mórbida satisfeita? ― Procuro me distrair nas tentações, esquecê-las, não me examinando nem muitas vezes, nem com detalhes? ― Procuro usar da luta indireta, evitando a ociosidade, não deixando a imaginação vagar sem rumo, evito as conversas atrevidas e inconvenientes, as leituras sugestivas? ― Pratico a penitência corporal? ― Acudo à oração?
16. Minhas tentações
Sonhei com um estado ideal sem tentações neste mundo, constando que eu necessariamente as terei? ― Considero anormal ter tentações? ― Distingo bem entre tentações, por pesadas que sejam, e faltas voluntárias e involuntárias? ― Confundo a viveza com que a imagem pecaminosa se apresenta, ou o impulso do instinto, com a voluntariedade?
Acudo humildemente à oração, pensando na minha fraqueza? ― Tenho tentações criadas por minhas imprudências? ― Ao observar a tentação como tal, me disponho à luta ou vacilo muito? ― Sei enfrentar a tentação agindo contra ela, o diametralmente oposto do que é apresentado na tentação? ― Faço apelo aos princípios da vida eterna, aos Novíssimos (morte, juízo particular, inferno, purgatório, céu, juízo universal) para me ajudar com um santo temor? ― Tenho cuidado de pedir perdão a Deus pelos consentimentos duvidosos, oferecendo alguma reparação com penitências?
Reduzo o problema das tentações ao sexto mandamento (questões de castidade), absorvido em exames, dúvidas, escrúpulos, análises, consultas eternas sobre a questão? ― Observo as tentações de ira, preguiça, tibieza, soberba, inveja, gula, as faltas cometidas contra as ordens dos meus superiores, meus deveres de estado (pai, mãe, filho, empregado, cidadão, etc.)? ― Reajo bem contra as tentações que me vêm? ― Tomo a iniciativa, exercitando sistematicamente as virtudes, sem esperar o momento da tentação para fazer o bem?
17. Meu temperamento
Me conheço profundamente, o suficiente para saber me classificar entre os diferentes temperamentos? ― Introvertido, extrovertido? ― Constante, ou com altos e baixos? ― Insensível ou emotivo? ― Irascível, tímido, sentimental, melancólico, fingido, ativo, dominador, insensível?
Conheço minhas estridências de caráter? ― Infecundidade, inconstância, meticulosidade, desorganização, inflexibilidade, ilusão, subjetivismo, rudezas? ― Trabalhei na moderação dessas estridências? ― Soube aplicar a essa paixão dominante o exame particular?
Observo nas outras pessoas os maus efeitos de um caráter mal dominado, para aprender com isso e me corrigir? ― Me satisfaço somente com queixas sobre meus defeitos, ou me dedico a por fim neles? ― Sou capaz de receber uma observação amigável a respeito de minhas desordens? ― Procuro perguntar com bom espírito, para alguma pessoa que possa ajudar, quais são meus defeitos? ― Pretendi a meta utópica de mudar meu caráter, sabendo bem que isso é um sonho, e que o que deve ser feito é corrigir seus excessos? ― Procurei reformar meus exageros com ímpetos intensos e rápidos, mas nunca com um trabalho constante?
18. Minhas originalidades
Sei encaixar-me no ambiente em que vivo, sem extravagâncias que chamem a atenção? ― Originalidades no modo de falar, de vestir, de trabalhar, nos gestos e andares, no modo de rezar? ― Discordo com facilidade em opiniões, gostos, sistemas de pensamento?
Observo os incômodos que minhas originalidades podem causar nos outros, exigindo que se acomodem ao meu modo de ser? ― Notei, pelas reações dos outros, se meu modo de agir é ridículo, se me rebaixa, se diminui meu prestígio? ― Sou capaz de cortar esses costumes inveterados que tenho, que me causam dano, bem como aos demais? ― Estou convencido da necessidade de buscar a paz comum e a boa convivência social?
Exagero aquelas coisas que chamo de “virtudes”? ― Confundo o anonimato e a humildade com a timidez e a infecundidade? ― Chamo de gênio e sagacidade o que não passa de puro capricho? ― Chamo de zelo o que não passa de ambição? ― Justifico meus excessos de caráter me enganando com a desculpa de pretender cultivar uma virtude até a perfeição? ― Vivo como um solitário, que segue seu próprio caminho, não dando importância para o ambiente à minha volta? ― Sei me acomodar ao que é feito pelos outros, não saindo do padrão a não ser por real necessidade?
19. Minhas manias
Tenho ideias e temas obsessivos, que me absorvem grande parte do tempo? ― Uso de pretextos e de argumentos falsos, me preocupando com assuntos que já foram debatidos à saciedade? ― Vivo com indecisões, escrúpulos, angústias, temores, pessimismos? ― Dou aos meus problemas pessoais, pequenos, sentimentais, uma envergadura ridícula? ― Luto contra estas tendências, ou me deixo arrastar por elas?
Estou convencido de que a obsessão pode acabar tornando-se uma mania, e que uma mania pode me tornar inútil para qualquer serviço? ― Me dou conta do transtorno que um maníaco causa na sociedade em que vive? ― Vejo o tempo que perco miseravelmente, por causa de minhas manias, e as forças corporais e espirituais que vão se desgastando?
Desafoguei minhas preocupações com alguma pessoa prudente que possa me orientar, ou tomei decisões saídas de minha própria cabeça, achando que veria a resposta com clareza, e a melhor conduta a tomar, em meio às brumas em que estou? ― Sigo os conselhos que me deram? ― Tomo precauções ridículas diante de pequenas preocupações que surgem em matéria de comida, limpeza, cansaço, dores, fadiga, saúde, perigos de infecção?…
20. Meu amor à vocação
Considero minha vocação como uma generosidade que tive para com Deus, ou um generoso presente que Deus me fez? ― Ponho os olhos em uns pontos negros que vejo nela, esquecendo-me de suas grandes vantagens? ― Me dei conta das facilidades que tenho para me santificar nela, nos perigos que evita, no bons exemplos, na perfeição da vida sacerdotal em si mesma?
Conheço meu Instituto religioso, suas Constituições, seus critérios básicos, suas realizações, sua história, seus santos? ― Amo-o filialmente, desejo seu progresso exterior e seu aperfeiçoamento indefinido? ― Procuro acomodar-me aos seus critérios ascéticos, nas menores atividades? ― Trabalho, no que depende de mim, para que meu Instituto seja conhecido e amado, semeando vocações?
Estou disposto a qualquer sofrimento, antes de abandonar o sacerdócio? ― Vejo com pena os que abandonam sem espírito o sacerdócio, ou que vivem inconscientes de sua grandeza? ― As manchas que afetam nossas comunidades me doem, e faço o que prudentemente posso para aumentar nelas o fervor?
Evito os perigos de perder o espírito religioso e a vocação? ― Vivo habitualmente amargurado? ― A mundanidade e a tibieza me invadiram e tomaram conta de mim? ― Caí em pecados graves, ou descuido habitualmente dos pecados veniais deliberados? ― Esqueço o cumprimento das Regras? ― Tomo atitude de rebeldia face aos superiores? ― Fomento as dissensões domésticas? ― Falta de empenho nos trabalhos próprios do Instituto? ― Excessiva inclinação à família (pais, irmãos, parentes) ou ao lugar em que vivo, às comodidades, às viagens, às diversões seculares?
21. Minha vida comum
Estou em busca de circunstâncias especiais para me santificar, esperando acontecimentos especiais na minha vida? ― Aproveito a vida comum com seus pequenos lances e oportunidades de merecer, e de praticar virtudes? ― Sigo a organização determinada para as coisas, ou me agrada fazer as coisas sempre fora de como estão determinadas? ― Cumpro com os exercícios comuns de piedade? ― Me aplico ao trabalho e ocupações que me determinaram, cooperando para o bem comum?
Sou um solitário egoísta em meio à comunidade, que se desinteressa do que os demais fazem? ― Levo em conta o que pode incomodar os outros: ruídos, palavras, exigências, omissões? ― Tenho gostos e opiniões muito discrepantes do resto da comunidade? ― Me inclino sistematicamente a ver os inconvenientes dos costumes em uso na casa, esquecendo-me de suas vantagens?
Sei sacrificar minhas conveniências no altar do bem comum? ― Pontualidade no horário? ― Silêncio interior e exterior? ― Amo a solidão e o recolhimento onde vivo? ― Desprezo o recolhimento e o silêncio como coisas antiquadas? ― Nas orações comuns, recito mal e sem devoção, maquinalmente?
Fujo das funções e trabalhos domésticos que são divididas entre todos? ― Me intrometo em trabalhos e responsabilidades alheias, e dou normas sem ter autoridade para tal? ― Me ofereço aos superiores para os cargos mais duros? ― Sou rotineiro na vida comum ao ouvir a campainha que marca as atividades, movendo-me como um autômato, sem o consolo da reta intenção e o ideal de perfeição, e de fazer o bem?
Me esforço para tornar a vida comum algo agradável, fomentando uma alegria sadia, ainda que esteja de mau humor? ― Semeio discórdias no meio da comunidade? ― Tenho amizades particulares, com exclusão de outros? ― Tenho particular atenção aos doentes, aos que passam dificuldades, aos atribulados, aos antipáticos, aos abandonados?
22. Minha pobreza
Reduzo o voto de pobreza a uma piedosa lembrança da juventude, ou continuo colocando-a em prática? ― Uso das coisas da casa como se fosse proprietário, ou peço as permissões necessárias? ― Faço pedidos de autorização aos meus superiores usando de fórmulas inofensivas aparentemente, mas que escondem algum outro propósito, para ele aprovar, e eu sair beneficiado com meus desejos? ― Quantos pecados veniais cometi contra o voto de pobreza?
Os bens que uso, o hábito eclesiástico, os móveis, a roupa, os livros, os instrumentos de trabalho, mesmo com todas as permissões recebidas, correspondem ao ideal de pobreza do meu Instituto? ― Aproveito do dinheiro que os bem-feitores doam para minhas atividades apostólicas, usando-os para minhas comodidades e luxo pessoais? ― Comparado com o resto da comunidade, me distinguo pela abundância ou particularidade de bens, de modo que isso é odioso aos demais?
Me queixo de faltar algo que seja cômodo e luxuoso, com ideal mundano? ― Fico com inveja em relação aos que, na comunidade, possuem objetos melhores ou um quarto melhor? ― Se algum empregado comete um descuido ao me servir em coisa necessária, faço disso um problema sério? Ou ainda em coisa desnecessária? ― Exijo as coisas de modo implacável? ― Em comida, viagens, roupas, remédios, e demais gastos, busco as menores despesas possíveis, como fazem as pessoas pobres, que economizam?
Cuido bem de tudo o que colocaram a minha disposição, com asseio, ordem, conservando tudo, como se eu fosse o próprio dono? ― Ao escolher o que comer, escolho o melhor? ― Cedo aos outros os móveis e quartos mais cômodos? ― Passo em revisão meus objetos para ver se posso prescindir ou desapegar-me e algo? ― Enquanto fiz este exame, vejo que poderia renunciar algo?
23. Minha obediência
Vejo meu Superior como um homem discutível, em mais ou menos qualidades, ou um representante de Deus? ― Obedeço porque está bem mandado, ou simplesmente porque está mandado? ― Obedeço com reticências, dando a entender que está mal mandado? ― Obedeço com pontualmente e com alegria, tanto no que é agradável quanto no que é desagradável? ― Obedeço somente aos Superiores maiores, ou também aos oficiais menores, que também possuem verdadeira autoridade? ―Me esforço para obedecer com a inteligência, procurando olhar para as razões que justificam o que foi mandado?
Ao informar o Superior e apresentar-lhe meu critério, procuro trazer sua vontade até a minha, ou simplesmente lhe dar uma base mais ampla de informação, para que acerte melhor? ― Considero a ingerência do superior um obstáculo que deve ser evitado o máximo possível? ― Apresento informes parciais, omitindo outros aspectos objetivos do assunto? ― Sinto amargura quando não seguiram meu critério? ― Vivo amargurado, de modo que tenho a disposição de negar a transmissão de qualquer outra informação?
Faço parte dos grupos de oposição sistemática ao que está no governo? ― Coloco desculpas, dou a entender minhas graves repugnâncias para que o Superior desista de seus planos? ― Tomo iniciativas importantes em minhas atividades, sem seguir o critério do Superior, ou sem propor para ele as mudanças que pretendo fazer?
24. Minha piedade
Faço a oração diária, sem omiti-la por qualquer negócio que se apresente? ― Tiro proveito dela? Muito ou pouco? ― Encontro facilidade ou dificuldade em fazê-la, e em encontrar assunto para me unir a Deus? ― Minha posição corporal, os livros que uso, o método de oração, são aqueles que me correspondem melhor? ― Procurei outros modos mais eficientes? ― Sono, preguiça, distrações, indolência? ― Oração por demasiado intelectualista, sem aplicações, sem sentimentos, sem oração vocal ou diálogo com o Senhor? ―
Confundo a aridez com a infecundidade, ter idéias luminosas com ter fruto efetivo, encontrar idéias novas com ter boa oração? ― Quando tenho distrações, que recursos uso para combatê-las? ― Peço insistentemente a Deus o dom da oração?
Minhas devoções de cada dia são poucas ou excessivas? ― Procuro concentrar minha atenção antes de começar? ― Rezo sem pressa e com sentido, ou com rotina e distração? ― Minhas visita ao Santíssimo Sacramento estão cheias de intimidade amiga, ou são superficiais? ― Meus exames de consciência são eficazes para corrigir os defeitos de minhas orações? ― Santifico bem o início e o fim do dia, ao levantar-me e ao dormir, para focar com piedade o dia e a noite? ― Procuro sempre avivar em mim, novamente, as principais devoções que costumo praticar?
25. Minha atividade apostólica
Estou consagrado a ela como a uma segunda vocação? ― As qualidades que tenho dão rendimento nesse trabalho, ou vejo que devo propor aos meus Superiores uma outra atividade na qual terei maiores frutos? ― Sigo as diretrizes gerais e especiais que os Superiores me deram, ou procedo com independência? ― Sei consultar outras pessoas para tomar minhas decisões e tomar resoluções maduras? ― Reflito de vez em quando nos métodos que sigo para ver se poderiam ser melhorados? ― Sei valer-me dos inferiores com confiança, mas sem deixar de vigiar?
Amo minha atividade, sem desprezar as outras? ― Trabalho com otimismo e alegria? ― Sei cooperar com as outras obras? ― Tenho espírito de suspeita, me intrometo ou falo mal delas por inveja, incompetência minha, etc? ― Em minhas orientações, recordo as normas que vão sendo dadas pela Santa Sé, para levá-las na prática? ― Me fecho tanto no círculo dos meus objetivos, a ponto de não abri-los aos grandes objetivos piedosos, missionários, sociais, caritativos, culturais, próprios de todas as obras de uma cidade ou diocese, ou de todo o mundo?
26. Minha perfeição
Aumenta em mim, cada vez mais, a pureza de alma, fugindo de todo pecado venial, e de toda falta deliberada? ― Com relação aos anos anteriores, minhas quedas aumentaram ou diminuíram? ― Me examino atentamente em meus deslizes, e faço penitência deles?
Progrido nas virtudes? ― Reajo mais vigorosamente diante das tentações de vaidade, de preguiça, de impaciência, de gula, de inveja? ― Dominei mais minhas estridências de temperamento? ― Exercito a humildade, a caridade, a vitória sobre mim mesmo? ― Quantas ocasiões perdi de aumentar essas virtudes?
Cresço no trato íntimo com Deus? ― Quais são os motivos de minhas obras mais ordinárias e quotidianas: temor, interesse, gratidão, amor? ― Fomento uma oração cada vez mais recolhida e amorosa para com Deus? ― Vivo habitualmente em presença de Deus, em atitude de amor confiante de filho? ― Vejo como meus os interesses da glória divina, despojando-me cada vez mais dos gostos e interesses próprios? ― Penso frequentemente na união eterna da glória com Deus infinito?
FIM
Os comentários estão fechados.