Sermões

Redes Sociais: Parte IISermão do II Domingo do Advento

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… 2. As redes sociais têm um modo de funcionamento propriamente anti-teocêntrico. A estrutura delas é pensada para que tudo seja referido ao usuário, não para Deus. Quem é colocado no centro é o próprio usuário. O princípio de organização das redes sociais é: “Eu sou a medida de todas as coisas e eu me coloco no centro das atenções”. Cada um é sua própria medida, e não Deus. A página é pessoal, com publicações pessoais, com seguidores aceitos pela pessoa, com um conteúdo determinado pela pessoa, comentários de ideias tidas pela própria pessoa ou replicadas por ela, preenchida pelos eventos (artificialmente modelados…) da vida daquela pessoa. Tudo na organização das redes sociais transpira individualismo. A pessoa é o centro das atenções, tudo se refere a ela, finalmente. A Igreja age de modo exatamente oposto, e…

Redes Sociais: Parte ISermão do I Domingo do Advento

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… É dever dos sacerdotes instruir os fiéis sobre a lei de Deus. Quando eles sabem que há um problema muito disseminado, é necessário dar uma direção aos fiéis, porque do contrário nós, sacerdotes, ouviremos de Deus a seguinte repreensão no dia do juízo: “São todos cegos, sem inteligência. São todos cães mudos que não sabem latir; eles sonham deitados e amam o sono” (Isaías 56, 10). Sobretudo quando o problema se apresenta de modo sutil e as pessoas não se dão conta do problema em que estão. Quero me referir aqui à questão do uso das redes sociais: Facebook, Whatsapp, Instagram, Snapchat, Twitter, etc. Muitas vezes a discussão sobre a bondade ou a maldade do uso das redes sociais permaneceu em um nível emocional. Por causa da facilidade de comunicação e de transmissão de informações,…

Sermão do XXIV Domingo depois de Pentecostes

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… Hoje concluímos os sermões a respeito do Santíssimo Sacramento com algumas instruções sobre como se preparar para recebê-lo. A Igreja ensina que quando o sacerdote quer servir de instrumento a Deus e que ele cumpre os ritos prescritos pela Igreja, o sacramento é realizado e a graça é produzida. Por quê? Porque o agente principal é Cristo e não o sacerdote. Nós nunca agradeceremos tanto a Deus por essa disposição, que nos deixa com uma grande tranquilidade em relação à validade e, consequentemente, à eficácia dos seus sacramentos. A validade e, consequentemente, o efeito produzido, a graça divina, não dependem da dignidade dos ministros, mas da santidade infinita de Cristo que age por seus ministros. Entretanto, o aproveitamento da graça recebida depende muito da disposição de quem recebe. Se dois vasos receberem óleo, mas um…

Sermão da Solenidade de Todos os Santos

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… Hoje a Igreja soleniza a Festa de Todos os Santos, e a salvação de todos eles começou quando se converteram. Alguns eram piedosos desde a infância, e a conversão deles foi mais uma passagem excepcionalmente tranquila pelo Cabo das Tormentas do que um grande terremoto. Mas maioria dos que se salvaram, antes de se converterem, viveram mal. Ou cometeram um e outro pecado grave, aqui ou lá; ou fizeram abominações continuamente e por décadas. A Igreja já viu e continuará a ver todo tipo de pecador bater à sua porta procurando colocar fim aos seus pecados, numerosos ou não. Mas é verdade que a maioria das pessoas se converte depois de uma vida mais ou menos pecadora. Porém, ainda que tenham passados diferentes, passado piedoso ou não, mais ou menos pecador, todos, ao se converterem,…

Sermão do XXI Domingo depois de Pentecostes

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… Desde a vida do Patriarca Abraão, para quem Deus prometeu que de sua descendência sairia o Messias, até o nascimento do mesmo Messias, estima-se que se passaram mais de dois mil anos. E da criação de Adão e Eva, para os quais Deus já havia prometido enviar um Redentor, até o nascimento de Cristo, passaram-se milhares de anos. E, mais ainda: Cristo é Deus, e Deus disse: “As minhas delícias são as de estar com os filhos dos homens”. E o que estranha muito é que, depois de tantos milhares de anos de expectativa da humanidade na vinda do Redentor, e sendo tão grande o desejo que Deus tem de estar com os homens, quando veio neste mundo só ficou trinta e três anos, com uns poucos membros do gênero humano, que o conheceram numa…

Sermão do XX Domingo depois de Pentecostes

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… Continuando algumas considerações sobre a Eucaristia, uma delas é vermos que Cristo é nosso Pai, Esposo e Rei. Enquanto nosso Pai, convinha que depois de sua morte nos deixasse alimento e herança, com que pudéssemos viver. Esse sustento e herança foi seu mesmo Corpo e Alma, deixando-os no Santíssimo Sacramento ao deixar esta vida. E como a função de um Pai de família é não só a de sustentá-la, mas também a de protegê-la, também encontramos na Comunhão tudo o que precisamos para protegermos a vida de Deus em nós: enfraquece as nossas paixões, e em especial amortece em nós o fogo da concupiscência, aumenta em nós o fervor, ajuda-nos a proceder em conformidade com os desejos de Jesus Cristo e  perdoa os pecados veniais e preserva dos mortais. Por isso o Salmo 22 diz:…

Sermão do XIX Domingo depois de Pentecostes

Ao cantarmos o Tantum ergo, em honra de Nosso Senhor na Eucaristia, terminamos dizendo que Deus nos deu o Pão dos Céus, que tem em si todo deleite: “Panem de caelis praestitisti eis: Omne delectamentum in se habentem”. Mas é por falta de conhecimento que nosso amor é tão fraco para com o Santíssimo Sacramento, e por isso não o tratamos como deve, nem desejamos com ardor que venha em nosso peito, e ficamos sem recebê-lo. São Felipe Neri conta o caso de uma mulher que tinha algumas colmeias, mas que não lhe davam mel porque as abelhas estavam doentes. Por conselho de uma pessoa simples e que não compreendia o absurdo que aconselhava, foi comungar e, sem engolir a hóstia, levou ocultamente o Santíssimo e o colocou dentro de uma das colmeias. A doença das abelhas acabou; e vindo o tempo da colheita do mel, ao abrir a casinha,…

Sermão do XVIII Domingo depois de Pentecostes

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… Hoje terminamos aquelas considerações que nos parecem necessárias quando se trata de constituir uma família, mais voltadas para as moças, porém perfeitamente aplicáveis aos rapazes. E gostaríamos de terminar hoje com três pontos. Primeiramente, os noivos não devem simplesmente se contentar em não fazer dano a quem amam: é preciso buscar fazer todo o bem possível. Uma casa de uma família é uma escola de virtude, de santidade, de vida católica. O Catolicismo deve ser a vida dessa casa. Uma das finalidades do casamento é a ajuda mútua, entre os esposos, dos pais para com os filhos, dos filhos para com os pais, dos irmãos entre si. Este trabalho de aperfeiçoamento moral entre os esposos precisa começar durante o noivado. Lembrem-se: Deus fez a mulher para ser uma ajuda ao homem, e o demônio pretende…

Sermão proferido na primeira missa do neo-sacerdote Tomás Parra

Hoje comemoramos a festa de Nossa Senhora das Dores. E neste dia, em que vemos mais de perto o Imaculado Coração aos pés da Cruz, unindo-se como que num só coração ao Sagrado Coração, publicamos um antigo sermão realizado na primeira missa do Padre Tomás Parra, IBP, no Mosteiro de São Bento, quando pela primeira vez ele renovou o sacrifício de Nosso Senhor no Calvário. Desejamos a todos os sacerdotes, na festa de hoje, uma união ainda maior com esses dois Corações que, no Calvário, faziam um só. “Mostrai-vos aos sacerdotes”. (S. Lucas 17, 14) Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… Estimado Padre Tomás, Salve Maria! Hoje é a sua primeira missa. E Deus, que é Senhor do tempo, quis que hoje o Evangelho da Santa Missa tivesse grande relação com o sacerdócio, de como o padre deve ser,…

Sermão do XIII Domingo depois de Pentecostes

Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém. Ave Maria… O Gênesis nos diz que, quando Deus criou o homem e a mulher, que ele a criou para ser um auxílio ao homem: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei um auxílio para ele” (Gênesis 2:18). Esta é a visão que Deus tem da mulher: ela deve ser para ele um auxílio. E o demônio, que é o inimigo do gênero humano, tem outros planos para a mulher. Ele procura fazer com que a mulher seja uma armadilha para o homem. Nós nunca podemos perder de vista que, desde a criação do gênero humano, há uma guerra entre nós e o demônio, e entre os filhos de Deus e os filhos da serpente. Mas esta guerra tem algumas particularidades. Geralmente, nos combates, são os homens que vão para o fronte nos campos de…

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